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18.3.11

Obama no Brasil

O primeiro alívio com a eleição de Obama foi a quebra com o lobby das armas e do petróleo que ditou as regras do governo Bush. A formação acadêmica humanista e jurídica de Obama, aliada a discursos claros e mensagens positivas contrapos a imagem e tendência de warlord de Bush.

A questão preocupante baseavaise na dúvida quanto ao real poder político de Obama de implementar seus ideais que fariam dos EUA uma nação menos individualista e autoritária, realmente inserida numa nova ordem mundial onde se preza a cooperação e diálogo entre as nações. Ainda mais em meio a uma crise econômica.

Após alguns anos, percebo que Obama se mantém firme em seus ideais e propostas, mesmo tendo lhe custado a perda de apoio político e a queda da sua popularidade.

Como médico, acredito que a reforma da saúde aprovada pelo governo tenha sido seu maior feito, apesar de boa parte da população americana ser contra. É impensável um país com a força econômica dos EUA ser desprovido de um sistema público de saúde, uma verdadeira ofensa ao direitos humanos no centro da civilização pós-moderna.

Obama ainda decepciona milhões de pacifistas ao redor do globo diante da sua impotência em encerrar as ocupações no Iraque e Afeganistão. Por outro lado, deu um passo importante ao condenar ataques e ocupações de Israel nos territórios palestinos.

Sua visita ao Brasil, apesar de legal, não deve surtar efeitos diretos a curto prazo. Trata-se de uma formalidade e de uma necessidade junto ao país que conquista importância no cenário mundial, e que logo entrará para o seleto grupo de exportadores em massa de energia, com o petróleo do pré-sal e o etanol.